publicado em 26/04/2010 às 11h04:
Representantes da Frente Popular para Moradia estão na sede da prefeitura
Mônica Ribeiro e Ribeiro, do R7Representantes da Frente Popular para Moradia reivindicam, na manhã desta segunda-feira (26), em frente à sede da Prefeitura de São Paulo, a desapropriação de um terreno particular localizado Alto Alegre, no Jardim Iguatemi, na zona leste. A propriedade foi reintegrada ao dono em 21 de dezembro. No local moravam 840 famílias.
De acordo com a coordenadora da Frente Popular, Maria Aparecida Ferreira, mais conhecida como “Maria do planalto”, do total de famílias, 570 seriam encaminhadas ao programa federal Minha Casa, Minha Vida e 320 receberiam da prefeitura o benefício Parceria Social e uma ajuda de custo de R$ 300 por 30 meses para custear o aluguel.
- Há dois meses a prefeitura atrasou o pagamento deste atendimento emergencial.
Maria afirma que dessas 320 famílias, apenas 65 foram convocadas pela prefeitura para negociação, sendo que a exigência é que para ter direito ao benefício só seriam atendidas mães solteiras com mais de cinco filhos. Os outros beneficiários seriam idosos e deficientes físicos.
- Com isso, há muita gente morando na rua ou de favor na casa de parentes.
Segundo Maria do planalto, os manifestantes estão desde as 7h desta segunda e só sairão da prefeitura quando algum representante do governo municipal aparecer para a negociação.
Fazem parte do grupo, representantes do Movimento de Moradia do Jardim Ipanema, Movimento de Moradia da Reforma Urbana e Movimento de Moradia Terra de Nossa Gente.
De acordo com a organização da Frente Popular, cerca de 1.600 manifestantes estão no local. A Polícia Militar contabiliza 500 pessoas. Não houve ocorrências até as 10h20 esta segunda. A CET não fez nenhuma interdição nas vias próximas ao viaduto do Chá.
Procurada pela reportagem do R7, a assessoria de imprensa da prefeitura disse que está definindo um representante para negociar com os manifestantes.
Ocupações
No início desta manhã, cerca de 2.000 sem-teto ocuparam o edifício Prestes Maia, próximo à estação da Luz, o edifício na avenida 9 de Julho, 1084, que pertencia ao INSS, e um terreno na rua Henry Martin, 120, em M' Boi Mirim. O uso dos três locais para construção de moradias de interesse social é uma antiga reivindicação do movimento.
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