Sulamita Rosa
Cerca de 90 casas foram construídas em parcelamento de área irregular
Sulamita Rosa
Em mais uma etapa da luta contra a ocupação irregular de terras no Distrito Federal, a Agência de Fiscalização (Agefis), derrubou 15 edificações na Colônia Agrícola Riacho Fundo I (CARF I). No local ocorre parcelamento irregular em uma área que antes era um Setor de Chácaras e se tornou um condomínio com aproximadamente 90 residências prontas ou em construção.
A operação começou por volta das 9h30. Contudo após a derrubada de quatro edificações a ação foi paralisada porque o maquinário utilizado teve um problema mecânico. A ação seguiu durante a tarde. Segundo o supervisor de diretoria de ocupações da Agefis, Luiz Freitas a ocupação irregular no local ocorreu rapidamente. “Aqui era uma área rural e aos poucos está se tornando uma área urbana, por que foi fracionada em vários lotes. A operação de hoje (ontem) é para agir em casas desabitadas, as casas construídas recebem uma intimação demolitória”, explicou.
A residência do aposentado Raimundo Alves dos Santos, 58 anos, foi a primeira a ser demolida. A casa dele já estava com as paredes erguidas. “O prejuízo foi de R$ 15 a R$ 16 mil fora o lote que eu comprei por R$ 50 mil”, lamenta. De acordo com ele, não houve notificação sobre a demolição do imóvel. “Nunca recebi nenhuma notificação. Eu estava construindo por que ninguém foi notificado”, argumenta. Santos conta que comprou o lote de um corretor que estava vendendo vários terrenos no local. “Alguém ganha dinheiro e a gente que compra sai perdendo. Porque o governo não vai atrás de quem vende o lote irregular?”, protestou.
Maria Lúcia de Oliveira Abreu, 40 anos, não conseguiu segurar as lágrimas. Sua casa seria a próxima a ser demolida. “O dinheiro que eu consegui juntar em 15 anos de trabalho está todo aí. Eu tenho filhos, estou desempregada, tenho quarenta anos e nunca tive uma casa própria. Eu só queria um local que pudesse comprar e construir. Meu sonho acabou”, desabafou.
Populares e moradores acompanharam a operação. O morador e advogado Jean Cleber Garcia protestou afirmando que “a Agefis deveria pelo menos permitir que os materiais das construções fossem retirados pelos moradores”.
O advogado dos moradores, Jesio Filho, conta que a maioria não foi notificada. “Alguns foram notificados outros não. O que os moradores querem é a regularização do lote. O direito a moradia é um direito constitucional. Vir derrubar e não apresentar solução é uma irresponsabilidade do governo”, diz. Para o advogado é preciso ter projetos de moradia para resolver o problema de terrenos irregulares no DF. “Apenas 5% dos condomínios do DF são regularizados. É preciso ter propostas de regularização e traçar uma política pública de moradia. A pergunta que os moradores fazem hoje é quais são os critérios para regularizar os condomínios?”, argumenta.
A operação começou por volta das 9h30. Contudo após a derrubada de quatro edificações a ação foi paralisada porque o maquinário utilizado teve um problema mecânico. A ação seguiu durante a tarde. Segundo o supervisor de diretoria de ocupações da Agefis, Luiz Freitas a ocupação irregular no local ocorreu rapidamente. “Aqui era uma área rural e aos poucos está se tornando uma área urbana, por que foi fracionada em vários lotes. A operação de hoje (ontem) é para agir em casas desabitadas, as casas construídas recebem uma intimação demolitória”, explicou.
A residência do aposentado Raimundo Alves dos Santos, 58 anos, foi a primeira a ser demolida. A casa dele já estava com as paredes erguidas. “O prejuízo foi de R$ 15 a R$ 16 mil fora o lote que eu comprei por R$ 50 mil”, lamenta. De acordo com ele, não houve notificação sobre a demolição do imóvel. “Nunca recebi nenhuma notificação. Eu estava construindo por que ninguém foi notificado”, argumenta. Santos conta que comprou o lote de um corretor que estava vendendo vários terrenos no local. “Alguém ganha dinheiro e a gente que compra sai perdendo. Porque o governo não vai atrás de quem vende o lote irregular?”, protestou.
Maria Lúcia de Oliveira Abreu, 40 anos, não conseguiu segurar as lágrimas. Sua casa seria a próxima a ser demolida. “O dinheiro que eu consegui juntar em 15 anos de trabalho está todo aí. Eu tenho filhos, estou desempregada, tenho quarenta anos e nunca tive uma casa própria. Eu só queria um local que pudesse comprar e construir. Meu sonho acabou”, desabafou.
Populares e moradores acompanharam a operação. O morador e advogado Jean Cleber Garcia protestou afirmando que “a Agefis deveria pelo menos permitir que os materiais das construções fossem retirados pelos moradores”.
O advogado dos moradores, Jesio Filho, conta que a maioria não foi notificada. “Alguns foram notificados outros não. O que os moradores querem é a regularização do lote. O direito a moradia é um direito constitucional. Vir derrubar e não apresentar solução é uma irresponsabilidade do governo”, diz. Para o advogado é preciso ter projetos de moradia para resolver o problema de terrenos irregulares no DF. “Apenas 5% dos condomínios do DF são regularizados. É preciso ter propostas de regularização e traçar uma política pública de moradia. A pergunta que os moradores fazem hoje é quais são os critérios para regularizar os condomínios?”, argumenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário