Por enquanto são só boatos, então as informações não são precisas. Não há dados concretos, mas indícios muito fortes. O projeto de lei 388, proposto pelo governo, é para autorizar a permuta do terreno de 73 hectares que abriga seis sedes da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo. O valor estimado do terreno é de R$ 160 milhões, mas esse é o oficial. Já ouvi falar em até R$ 500 milhões, o que, sinceramente, acho bem mais provável.
Depois disso, deve-se abrir licitação e tal, nenhuma empresa pode estar diretamente envolvida por enquanto. A ideia é trocar por nove outros terrenos, teoricamente para atender de forma mais eficaz as necessidades da instituição.
Mas ninguém sabe dizer onde devem ser os terrenos, que características devem possuir, o tamanho, a infra-estrutura. Não há um projeto para a descentralização da Fase, simplesmente. Fala-se apenas que é bom descentralizar. Ok, isso as árvores da rua já sabem, mas é preciso planejamento, senão a coisa não anda. Outra dúvida que paira no ar é como manter as sedes que o governo quer abrir. Sabe-se que algumas seriam fora de Porto Alegre, e não há funcionários suficientes nessas localidades. Mesmo hoje já há uma defasagem muito grande. Muitos monitores fazem horas extras o tempo todo para dar conta de atender a demanda – e para complementar o salário, muito baixo – e acabam sofrendo de estresse. Uma matéria doJornal do Comércio, assinada por Maurício Macedo, fala muito bem sobre essa questão.
É evidente que a Maiojama e a Goldsztein não apresentam propostas oficialmente, nem poderiam. Mas não é nada absurdo acreditar que por baixo dos panos as negociações estejam rolando. Se há boatos circulando, ainda mais boatos bastante convincentes, que se encaixam à perfeição, é porque provavelmente aí tem coisa. Cabe a nós ficarmos de olhos bem abertos.
Autora: Cris Rodrigues
Fonte: http://jornalismob.wordpress.com/
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