sexta-feira, 26 de novembro de 2010

OCUPAÇÃO DE PRÉDIOS ABANDONADOS ENTRA NO 2º DIA

Terça-feira, 5th Outubro, 2010

Atualizada às 09h17
Depois de muita tensão, fome e sede, é tranquila a situação das famílias que ocupararam os quatro prédios na região central da Capital Paulista, na madrugada da segunda, 4 de outubro.
Homens mulheres e crianças viram seu   sofrimento e humilhação rotineiros, pela falta de uma moradia dígna,  aumentar durante todo dia de ontem. 
Depois de ocuparem prédios que estão abandonados há décadas, que têm dívidas astronômicas com a cidade, ficaram confinados, impedidos pela polícia, de receber água e comida durante todo o dia. No prédio da Av. Ipiranga três mulheres desmaiaram no final da tarde e tiveram que sair carregadas. Só no início da noite foi autorizada a entrada dos alimentos. Mesmo assim, no prédio da Av. 9 de Julho, a presença intensiva de policiais do lado de fora , até parte da noite, levou pânico aos ocupantes.
As pessoas deveriam fazer uma visita a esses locais para ouvir e conhecer quem são essas pessoas.  Os jornalistas normalmente fazem entrevistas, mas seria interessante, para  quem tivesse a oportunidade, primeiro, entrar e constatar a situação de prédios e terrenos com capacidade para abrigar centenas de pessoas, vazios, no centro da cidade, depois conhecer realmente quem são esses ocupantes.
Além da cobertura dos veículso de comunicação de massa, a FLM, pode informar os acontecimento com a ajuda de celular. À medida que iam chegando repassamos usando este blog, emails e o twiter, ferramentas de comunicação bastante simples. Os celulares são mais fáceis de usar por todos,  no uso das ferramentas da  internet os jovens têm mais domínio e é possível fazer de qualquer lan house. 
Neste país criou-se a prática de atribuir qualquer manifestação à briga política, sobretudo neste momento em que estamos em período eleitoral.
Ao invés de ficar repetindo teses construídas por trás do conforto de algumas escrivaminhas, é mais inteligente, mais honesto e sobretudo mais humano, ir até o local e ouvir aquelas pessoas contando sobre o suplício de morar e criar os filhos com o esgoto e ratos entrando em casa, tendo que optar entre comer e pagar o aluguel. Pessoas que, apesar de trabalharem duro, são sub-remuneradas, que ajudam a construir essa cidade e o país mas não participam das riquezas que produzem.

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