Publicado no Diário de Canoas, 15/02/2011
Eles alegam falta de informação sobre o projeto e querem audiência com prefeito.
Canoas - Desinformação e revolta resumem o sentimento de parte dos moradores da vila Dique, no bairro Rio Branco. Eles querem da Prefeitura explicações sobre como se dará a remoção de 300 famílias do local para uma vila de passagem, a ser criada junto ao Loteamento Prata. Prevista para ocorrer até julho deste ano, a remoção é resultado das obras da BR-448 (Rodovia do Parque). "Precisam ter respeito e consideração por nós", cobra o comerciante Amazonas Duarte, 31 anos. O segurança Sílvio de Paula e o industriário Rodrigo Fraga da Silva resumem a situação. "Queremos que o prefeito venha aqui nos dizer como isso será feito", fala um deles. Já a Prefeitura pede paciência aos moradores e informa que esta semana haverá outra reunião com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), que tratará sobre mais recursos para as obras.Cronograma deve ser conhecido nesta semana
O prefeito Jairo Jorge diz que nos próximos dias serão intensificadas as visitas à vila Dique. "Pedimos paciência aos moradores e trataremos da questão com muito diálogo", frisa. Segundo ele, ontem o Executivo receberia os projetos habitacionais para as moradias das 599 famílias do local e na quarta-feira, 16, reunião da secretaria de Planejamento com o Dnit deve definir sobre recursos necessários às obras.Processo de transferência
Em 1º de março último, secretários e equipes de Serviço Social da Prefeitura e de Gestão Ambiental do Consórcio Gestor da Rodovia estiveram na Dique. Na ocasião, para um grupo de cinco lideranças dos três eixos da vila, explicaram como se daria o processo de transferência das 300 famílias para a vila de passagem, edificação orçada em R$ 7 milhões e que terá água e luz gratuita. Segundo a comunidade, depois disso nenhuma outra informação oficial chegou aos moradores do eixo Fátima/Rio Branco, os primeiros a serem removidos. Uma comitiva promete mobilização até a Prefeitura esta semana para exigir explicações.Foto: Claiton Dorneles/GES
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