quinta-feira, 31 de março de 2011

PM do Acre retira sem-teto de imóveis do Minha Casa, Minha Vida


FREUD ANTUNES

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIO BRANCO

Cerca de 300 policiais militares atenderam a uma ordem de reintegração de posse e retiraram na manhã desta quarta-feira sem-tetos que invadiram 295 casas do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Rio Branco (AC).

Segundo as famílias que realizaram a ocupação no domingo (27), as residências estão vazias há quase três anos, e há dois eles aguardam a divulgação de uma lista, por parte do governo do Estado, das pessoas que receberiam a moradia.

Na operação de reintegração, a PM fechou todo o perímetro e impediu o acesso da imprensa. As pessoas expulsas apresentavam marcas de agressões e mostraram os restos de cartuchos, afirmando que balas de borracha foram disparadas. Cinco pessoas foram presas durante a operação sob a acusação de desobediência.

O secretário de Estado de Desenvolvimento para a Segurança Social, Antônio Torres, disse que o processo de construção das casas começou há quase dois e que a demora para a entrega se deve à falta de eletricidade e da rede de água e esgoto.

'A expectativa era de entregar parte das unidades ainda este mês, mas, como houve a invasão e a destruição de alguns itens, vamos demorar um pouco mais. A expectativa é que daqui a dois meses possamos oferecer 200 casas', explicou o secretário.

O subcomandante-geral da PM, coronel Paulo César, informou que o isolamento da área teve o objetivo de garantir a segurança e evitar tumultos. Ele explicou que, em alguns casos, a polícia usou força, mas que isso estava previsto no mandado de reintegração em caso de resistência.

CASAS DETERIORADAS

Os invasores mostraram para a equipe de reportagem que algumas casas, construídas há quase dois anos, já estavam deterioradas, com madeira apodrecida.

As 295 unidades habitacionais, financiadas pelo governo federal e construídas em madeira, foram feitas para abrigar famílias que recebem até três salários mínimos.

Torres reconheceu o problema, mas disse que, como a obra ainda não foi entregue, a empresa responsável deveria garantir os reparos.




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