quinta-feira, 31 de março de 2011

Dircon vai barrar obras - Pernambuco

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR 
30/03/2011 | 07h10 | Capitão Temudo

As obras de construção de casas irregulares, ao pé do Viaduto Capitão Temudo, na Ilha Joana Bezerra, em frente ao Fórum Rodolfo Aureliano, devem ser embargadas hoje. A Diretoria de Controle Urbano (Dircon) informou que, apesar de a maior parte do terreno ser de origem particular, as casas não têm a licença de segurança do órgão. Além disso, já há famílias morando. Essas, segundo a Dircon, receberam uma notificação para tentar regularizar a situação do imóvel.

Os critérios mínimos de uso e ocupação do solo não estão sendo obedecidos. Os barracos, em alvenaria, estão sendo levantados pelas próprias famílias. São colados uns nos outros. Não há sistema de esgotamento e algumas moradias têm na sala ou no quarto estruturas metálicas dos outdoors. Apesar de estarem sendo erguidas há três semanas em plena luz do dia, as construções estavam passando despercebidas pelos técnicos da Dircon.

Ainda ontem, a família da dona de casa Maria Felina de Jesus, 33 anos, que veio de Inajá, no Sertão, a 395 quilômetros do Recife, continuava levantando a nova moradia. Já o vizinho de Maria, o ajudante de pedreiro Iosmar Silva de Oliveira, 27 anos, vive no local há dois anos, com a esposa e mais dois filhos de 3 e 6 anos. Até a tarde de ontem, ele afirmou que jamais recebeu qualquer reclamação da Dircon. ´Para mim é novidade. Vamos esperar. Realmente não temos os documentos da casa. Mas não acho que tenha irregularidades nela`, disse.

A diretora de Controle Urbano da Dircon, Maria José De Biase, informou que a partir de hoje técnicos do órgão vão embargar as obras. ´Vamos analisar os imóveis que estão em construção e, se preciso, demoli-los. Os que estão prontos, já foram notificados e deverão ver se é possível regularizar as condições da casa. Esses terão uma semana para nos procurar`, afirmou. 

Do Diario de Pernambuco

PM do Acre retira sem-teto de imóveis do Minha Casa, Minha Vida


FREUD ANTUNES

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIO BRANCO

Cerca de 300 policiais militares atenderam a uma ordem de reintegração de posse e retiraram na manhã desta quarta-feira sem-tetos que invadiram 295 casas do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Rio Branco (AC).

Segundo as famílias que realizaram a ocupação no domingo (27), as residências estão vazias há quase três anos, e há dois eles aguardam a divulgação de uma lista, por parte do governo do Estado, das pessoas que receberiam a moradia.

Na operação de reintegração, a PM fechou todo o perímetro e impediu o acesso da imprensa. As pessoas expulsas apresentavam marcas de agressões e mostraram os restos de cartuchos, afirmando que balas de borracha foram disparadas. Cinco pessoas foram presas durante a operação sob a acusação de desobediência.

O secretário de Estado de Desenvolvimento para a Segurança Social, Antônio Torres, disse que o processo de construção das casas começou há quase dois e que a demora para a entrega se deve à falta de eletricidade e da rede de água e esgoto.

'A expectativa era de entregar parte das unidades ainda este mês, mas, como houve a invasão e a destruição de alguns itens, vamos demorar um pouco mais. A expectativa é que daqui a dois meses possamos oferecer 200 casas', explicou o secretário.

O subcomandante-geral da PM, coronel Paulo César, informou que o isolamento da área teve o objetivo de garantir a segurança e evitar tumultos. Ele explicou que, em alguns casos, a polícia usou força, mas que isso estava previsto no mandado de reintegração em caso de resistência.

CASAS DETERIORADAS

Os invasores mostraram para a equipe de reportagem que algumas casas, construídas há quase dois anos, já estavam deterioradas, com madeira apodrecida.

As 295 unidades habitacionais, financiadas pelo governo federal e construídas em madeira, foram feitas para abrigar famílias que recebem até três salários mínimos.

Torres reconheceu o problema, mas disse que, como a obra ainda não foi entregue, a empresa responsável deveria garantir os reparos.




Cuiabá: justiça e prefeitura farão ação conjunta de regularização fundiária urbana

Fonte: Assessoria

A Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso, a Defensoria Pública de Mato Grosso e a Prefeitura Municipal de Cuiabá vão assinar termo de cooperação técnica para a implantação conjunta de projetos visando a regularização fundiária urbana da Capital. A cerimônia de assinatura está prevista para o dia 13 de abril, no gabinete do corregedor-geral da Justiça, desembargador Márcio Vidal, em horário a ser definido.
A realização da ação conjunta foi definida durante reunião realizada nesta terça-feira (29) na Corregedoria-geral da Justiça, com a participação do corregedor, desembargador Márcio Vidal; do defensor-geral Público de Mato Grosso, André Luiz Prieto; do prefeito de Cuiabá, Francisco Bello Galindo; e respectivas equipes técnicas. Uma vez celebrada, a parceria institucional estará voltada para garantir a função social da propriedade, o direito à moradia e, ao mesmo tempo, a ocupação sustentável do solo, tanto no que diz respeito à preservação do meio ambiente quanto à infraestrutura básica necessária para atender aos moradores e à sociedade.
"A Corregedoria está disposta e vai contribuir com qualquer ação que seja benéfica à sociedade. A jurisdição não consiste em uma prerrogativa apenas jurídica e tem uma abrangência social", considerou o corregedor-geral da Justiça, desembargador Márcio Vidal.
Para o defensor-geral André Luiz Prieto, o Município de Cuiabá carece de iniciativas que visem o trabalho coletivo. "Sem parceria não se chega a lugar nenhum. Precisamos de ações conjuntas para que as coisas realmente aconteçam", destacou o defensor. A avaliação foi compartilhada pelo prefeito Francisco Galindo, que reiterou a disponibilidade da Prefeitura Municipal, acrescentando que a assinatura do termo de cooperação dará condições para que o Executivo Municipal avance na questão do saneamento básico. "Nós vamos assinar este termo com muito orgulho", frisou o prefeito.
Segundo o coordenador do Núcleo Fundiário da Defensoria Pública, defensor Air Praeiro Alves, dos 287 bairros existentes em Cuiabá, 92 estão em situação irregular, o que corresponde a 32% do total. O juiz da Vara de Meio Ambiente José Zuquim Nogueira chamou a atenção para o fato de a regularização fundiária envolver diversos aspectos que precisam ser avaliados, como a obediência aos limites de distância entre uma ocupação e uma Área de Preservação Permanente (APP).
A ideia é realizar um projeto-piloto iniciando com ações de regularização pelos bairros São Francisco, na região do Coxipó, e Altos da Boa Vista.

Nota do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no fechamento da BR 364 na cidade de Itapoã do Oeste (100km de Porto Velho)

No início desta manhã (28/3), por volta da 7h00m, mais de trezentos manifestantes, formado por trabalhadores, agricultores e atingidos pela barragem da Usina Hidrelétrica de Samuel, paralisam a rod ovia BR 364, no kilômetro 100, próximo ao município de Itapuã do Oeste.
A ação é organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, que realizou uma assembléia na tarde de ontem em Itapuã do Oeste, com participação de atingidos dos municípios de Candeias Jamari, Itapuã do oeste e do Distrito de Triunfo. A atividade contou com a parceria de organizações, sindicatos e uma comissão de moradores de Itapuã.  Segundo lideranças do movimento, compareceram na assembléia mais de 600 pessoas, momento em que debateram a dívida histórica social do processo de construção da usina de Samuel e definiram uma pauta de reivindicações.
Entre os pontos da pauta estão um plano de recuperação e desenvolvimento dos municípios atingidos pela usina, o reassentamento de famílias e ações de fortalecimento da pesca e da aqüicultura na região.
De acordo com Cazu, coordenador estadual do MAB, o ato também é uma manifestação de solidariedade à revolta dos trabalhadores de Jirau e a greve dos operários da usina de Santo Antônio. A paralisação da rodovia é por tempo indeterminado e exigimos audiência com a ELETRONORTE, com governador do estado e INCRA, afirmou.

CONTATO – Assessoria de Imprensa (69) 9243-9264

*II Seminário Internacional Urbicentros: Morte e Vida dos Centros Urbanos.*

O Seminário pretende receber trabalhos que discutam propostas e ações 
que garantam a vida aos centros urbanos, considerando também a 
importância da otimização dos recursos e aproveitamento do potencial 
energético
Maceió - AL,  27 de setembro a 1 de outubro de 2011.
Saiba mais.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Maracanã sediará ato mundial pelo trabalho decente na Copa 2014

Alexandre Praça - Portal Mundo do Trabalho

Organizações sindicais internacionais e brasileiras exigem que a preparação para os eventos esportivos sigam as normas elementares da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Centenas de pessoas se reunirão na entrada do Ginásio do Maracanãzinho nesta sexta-feira, 1º de abril, para pedir trabalho decente na Copa do Mundo de 2014. Será o lançamento de uma campanha internacional liderada por organizações sindicais, ONGs e movimentos sociais internacionais e brasileiros. O evento contará ainda com a presença de representantes do governo do Brasil, das Nações Unidas e da FIFA.

A Campanha por Trabalho Decente na Copa do Mundo de 2014 é liderada pela Internacional dos Trabalhadores da Construção e Madeira (ICM), una organização que reúne dezenas de sindicatos no mundo inteiro e da campanha PLAYFAIR, que conta com o apoio da Confederação Sindical das Américas (CSA) e suas afiliadas brasileiras: CUT, Força Sindical e UGT.

A iniciativa quer garantir que a preparação e organização da Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil sigam os princípios elementares de Trabalho Decente da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Um outro objetivo é defender que os benefícios de sediar um mega evento esportivo não fiquem restritos a um número pequeno de brasileiros, mas que atinjam a todos.

No dia 31 de março está programada uma conferência com a presença do movimento sindical brasileiro junto com organizações internacionais que se mobilizaram durante outras edições dos Jogos Olímpicos e Copa do Mundo na África do Sul, China, Grécia, assim como para Londres 2012. Será uma oportunidade para trocar informações e experiências que podem ser aplicadas agora no Brasil. O programa das atividades podem ser vistos em: www.csa-csi.org/PT_DecentWork Campaign_Launch.doc

Ato de lançamento: 01 Abril - Ginásio do Maracanãzinho, Rio de Janeiro - a partir das 9h

Conferência Trabalho Decente na Copa: 31 de Março - Hotel Windsor Guanabara, Av. Presidente Vargas, 392 - Rio de Janeiro

Comitês Populares da Copa e FERU/RS organizam plenária nesta quinta-feira

Os Comitês Populares da Copa de Porto Alegre e o Fórum Estadual de Reforma Urbana (FERU/RS) convidam todos os movimentos envolvidos com a questão do direito à cidade para participar de uma Plenária nesta quinta-feira, dia 31 de março, às 19 horas, na sala do Fórum Democrático da Assembléia Legislativa - térreo.

O objetivo é avaliar a mobilização organizada até agora, principalmente a reunião nacional dos Comitês Populares da Copa e a Audiência Pública sobre os impactos das obras da Copa, convocada pelo MPF no dia 25 de março.

Comunidades denunciam falta de transparência nas obras da Copa em Porto Alegre

Tania Jamardo Faillace - Jornalista do GT Comunicação

Fotos: Katia Marko
Nos contos orientais das Mil e Uma Noites, sempre aparece o relato de uma audiência pública com um Cadi, o juiz islâmico, que, nos velhos tempos, recebia os queixosos de sua província, fossem ricos ou pobres, para fazerem suas reivindicações em toda a liberdade.

Esse modelo também existiu no velho reino de Israel, quando o rei Salomão deitava sabedoria e tratava com justiça quem recorria a ele, independente de sua classe social ou amizades influentes.

Um espetáculo parecido aconteceu na Audiência Pública realizada no dia 25 de março, no auditório Dante Barone, da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.

O julgamento, porém, permanece em suspenso, até melhor estudo das queixas e evidências.

O evento, que, na verdade, faz parte de um inquérito civil dotado de numeração processual (1.29.000.000396/2011-82) foi uma iniciativa da Procuradoria Geral da República, através do Ministério Público Federal para “acompanhar os impactos do Megaevento Copa do Mundo de 2014”, dentro da jurisdição do município de Porto Alegre, assim como está sendo feito nos demais municípios que sediarão a Copa do Mundo.

Não se trata de uma medida rotineira, pelo contrário. Na área pública, até recentemente, a tendência era levar a questão dentro de um caráter festivo, como um extraordinário e lucrativo investimento no prestígio internacional do País, e, talvez, ganhar mais alguns pontos a fim de sentar no Conselho de Segurança da ONU.

Promotores coordenam audiência

Na mesa instalada no palco, apenas os três promotores: Alexandre Gavronski do Ministério Público Federal, o anfitrião; Luciano Brasil e Francesco Conti, do Ministério Público Estadual.

O Auditório estava razoavelmente concorrido, embora sem a lotação total verificada na audiência pública de janeiro de 2010, quando foi discutida e contestada a entrega do morro Santa Teresa a uma empresa de construção civil por iniciativa da ex-governadora, sob a forma de uma permuta com valor vil, que desalojaria 1.500 famílias e destruiria um santuário ambiental.

O clima emocional também não evidenciou a hostilidade e o tom de guerra e desafio manifestos naquela ocasião: as pessoas presentes estavam dispostas a darem seu voto de confiança aos três Cadis modernos ali presentes: os três promotores.

O destaque ficou por conta dos veteranos militantes de entidades e movimentos comunitários e ambientalistas, tanto moradores de áreas irregulares como moradores dos bairros consolidados. Reparo a fazer: a predominância absoluta de oradores do sexo masculino, com apenas umas três ou quatro exceções femininas. Não vigorou nessa audiência, o sistema de quotas partidárias ou universitárias, detalhe tanto mais notável por ser março o mês da mulher.

Obedecendo a uma ordem de inscrição, os primeiros a se manifestarem foram os representantes das comunidades e entidades ligadas à moradia popular, aos movimentos sociais e aos direitos humanos, ficando para o final o pronunciamento de representantes da prefeitura: Secretaria Especial da Copa (a Secopa) e Secretaria de Governança. Entre os dois momentos, o promotor Alexandre Gavronski, movido por sua própria intuição, ou advertido por alguém, pediu a isenção do público e seu respeito aos oradores institucionais. Foi atendido, com apenas um ou outro momento tenso quando da exposição do Secretário Especial da Copa que mereceu alguns ensaios de vaia.
 
Moradores estão inseguros

A tônica dos pronunciamentos por conta das entidades populares e de direitos humanos, como a Ong Acesso e a Plataforma 10 (relatoria do Direito Humano à Cidade) pôs em evidência a situação de “gato escaldado” da população e das entidades sociais de Porto Alegre. Isto é, os cidadãos de nossa cidade cada vez se sentem menos dispostos a engolir promessas sem garantias, e a acreditar que altas obras e eventos possam vir em seu benefício.

Aliás, essa atitude não é exclusiva de Porto Alegre. O blog da arquiteta Raquel Rolnik, de São Paulo, que vem divulgando informações sobre as conseqüências desastrosas dos megaeventos esportivos nos países emergentes em relação às populações carentes, e outras entidades preocupadas com os direitos humanos e a cidade democrática, se desempenharam com tanta eficiência e poder de convencimento, que as irregularidades de nosso PAC começaram a ser detectadas e denunciadas, com quase três anos de antecedência. 

A maior de todas as preocupações dos cidadãos da área urbana são as remoções anunciadas para possibilitar a realização de obras físicas, principalmente as de caráter público e viário. Em Porto Alegre, a de maior impacto social é, sem dúvida, o alargamento da Vila Tronco, que deve desalojar cerca de 1.800 famílias. Essa obra é considerada prioritária para a realização da Copa, a fim de assegurar o fluxo viário em relação ao estádio do Sport Club Internacional, que sediará os jogos em Porto Alegre.

Mas não é a única. E além desses desalojamentos em área pública, têm sido anunciado outros em áreas privadas (doadas pelo Estado), a fim de ser aproveitada a isenção fiscal oferecida pelo Estado e o Município às obras construtivas que se relacionarem com a Copa.

Assim, muitos projetos aproveitaram o embalo e a carona para pôr em execução seus planos.

Devido ao limite de espaço, é impossível colocar aqui os pronunciamentos de todos os oradores, mas podem ser conferidos nos vídeos disponibilizados. Entre outros, podem ser citados representantes do bairro Cristal (Leandro, Andressa, Renato, Noeli); Ronaldo (da Grande Cruzeiro); Fernando (Apedema); Juramar (do Arquipélago), Jacques Alfonsín (Ong Acesso, e membro do Conselhão do governo Tarso); Eduardo Solari (Movimento Utopia e Luta, que fez a primeira ocupação bem sucedida de prédio urbano público); Darcy (do movimento em defesa do morro Santa Teresa e pela regularização fundiária); o jornalista Luix, Heverson (representante da Restinga, que abordou a problemática da Região, tratada como um quarto de despejo da cidade, e as questões gravíssimas do atendimento à saúde); Eduíno (do Região 7, grande Partenon, que citou as ações populares em andamento contra os projetos anunciados que atentam contra a ordem urbana e a preservação ambiental), Josué (da Central de Movimentos Populares), Itamar (do Movimento de Luta pela Moradia), Felipe Viana (ambientalista da Ecoconsciência).

Numa segunda rodada, pronunciaram-se a vereadora e presidente da Câmara, Sofia Cavedon informando a criação do Comitê Especial da Copa como órgão fiscalizador da Câmara com relação ao PAC; o vereador Comassetto, que criticou o descaso da Municipalidade em viabilizar o Conselho da Cidade, uma prioridade do Estatuto das Cidades; Nurimar (do bairro Humaitá), Henrique Wittler (do bairro Jardim Botânico, que abordou discrepâncias pecuniárias em relação aos projetos e transações fundiárias, inclusive a propalada “revitalização” do cais Mauá); Leia Aguiar (do Bairro Lajeado, denunciando o abandono da periferia); Ezequiel (do MBPM, que se manifestou contra o cheque-despejo), Jakobazko (bairro Centro, propondo o aproveitamento dos prédios desocupados para moradia popular); um representante do Quilombo Fidelis; Tania Faillace (delegada da Região de Planejamento 1, que abordou os conchavos políticos e as ilicitudes cometidas pela área pública e privada com relação a certos projetos de impacto do PAC da Copa); Cristiano Muller (da Plataforma Dhesca, relatoria de Direitos Humanos da ONU), que fez um histórico da formação da resistência popular que levou à investigação do PAC. 

Denúncias vão além da questão da moradia

Os temas e denúncias foram além da questão moradia, incluindo a condenação das decisões autoritárias, a portas fechadas, a falta de transparência, a destruição da zona rural do município, a especulação imobiliária desenfreada e o privilégio dos empreendedores em relação aos direitos humanos à cidade, e também as ilicitudes, algumas francamente criminosas, como grilagens efetuadas pelo poder econômico, impunidade, esbulho do patrimônio público, etc.

O promotor federal Alexandre Gavronski informou que suas atribuições nesse inquérito se referem ao uso dos recursos federais pelos projetos, ficando o Ministério Público Estadual encarregado de investigar outros aspectos.

Havia, por parte dos representantes da prefeitura, como ficou evidente, um certo receio quanto à acolhida que teriam do público, ao explanar seus projetos e intenções.

Posição da prefeitura

Primeiro falou Cesar Busatto, velho conhecido da cidade, desde o governo estadual de Antônio Britto, e alguns episódios durante o governo municipal Fogaça, e na Casa Civil, governo de Yeda Crusius. Busatto teve um discurso de conciliação, que não parece ter convencido a todos. O público, porém, atendeu, de modo geral, ao pedido do promotor federal, de permitir a fala dos representantes da prefeitura, embora a opinião geral fosse de que não passava de conversa fiada. O pronunciamento de Newton Baggio, da Secopa, já transcorreu com menos tranquilidade. Para isso, contribuiram problemas técnicos na exposição em telão dos projetos públicos para a Copa (15 relativos a obras viárias), e o próprio nervosismo do expositor, que os ativistas comunitários já conhecem de outras reuniões.

Mas... o que realmente não agradou, foi a restrição ao conhecimento direto dos projetos. Isto é, como o expositor reiterasse os dados dos projetos acessíveis por determinado site, mas não revelasse seu endereço, esta redatora insistiu, desde a platéia, que ele o revelasse para todo o mundo poder acessá-lo e inteirar-se de suas diretrizes e características. E aí veio a revelação que indignou a platéia: seria preciso o uso de uma senha para acessar o site, e esta só seria fornecida a algumas lideranças.

Esta, certamente, é uma atitude indefensável por parte da Prefeitura, principalmente depois do discurso do secretário de Governança sobre participação e democracia.

Porto Alegre conta com um sistema de planejamento que, embora deficiente e com várias distorções, é uma tentativa de efetivar o controle social em planejamento. Suas instâncias são o Conselho Municipal do Plano Diretor, e os Fóruns Regionais de Planejamento Urbanístico e Ambiental. Como se pode afirmar que uma Gestão Pública é participativa e democrática, se as informações básicas sobre alterações importantes na cidade ficarem restritas? E sequer as instâncias de planejamento terão acesso aos projetos?

Esse é um assunto no qual devemos insistir e um direito de que não podemos abrir mão: precisamos saber tudo sobre tudo o que ocorre quanto ao gerenciamento da cidade, inclusive para definir se as alterações a serem propostas não representam danos a direitos, ou inconvenientes que possam ser negociados ou dar lugar a contrapartidas e compensações.

Audiência pública debate os impactos das obras da Copa 2014 em POA



Audiência pública discutiu, no último dia 25, os impactos das obras da Copa 2014 em Porto Alegre. Os Comitês Populares da Copa de Porto Alegre e as comunidades do Morro Santa Teresa, do Cristal, da Cruzeiro, da Lomba do Pinheiro, da Zona Sul e da antiga zona rural da cidade participaram do encontro. 

As comunidades denunciaram os impactos negativos das obras previstas pela prefeitura. Em todas as obras a serem realizadas, haverá despejo e realocação de famílias pobres - grande parte delas corre o risco de ser levada para lugares distantes de onde moram hoje.

domingo, 27 de março de 2011

Aspectos Urbanos e Habitacionais em uma Sociedade Que Envelhece

Do Blog Inova Brasil

O evento terá transmissão ao vivo em www.iptv.usp.br (no menu à direita na página, clique no link "Transmissões", depois em "Ao Vivo" e localize a transmissão do evento entre as opções exibidas na parte inferior da página).


Os idosos e a cidade

"Aspectos Urbanos e Habitacionais em uma Sociedade Que Envelhece" é o tema da mesa-redonda que acontece no dia 29 de março, às 14h, no Centro de Computação Eletrônica (CCE) da USP. Será o terceiro encontro do ciclo "Idosos no Brasil: Estado da Arte e Desafios", iniciado em outubro de 2010.

Os expositores dessa 3ª mesa-redonda serão Alexandre Kalache, consultor sênior da Academia de Medicina de Nova York, EUA, e Guita Grin Debert, do Departamento de Antropologia da Unicamp. A coordenação será de David Braga Jr, do Grupo Mais-Hospital Premier e coordenador do ciclo.

Alexandre Kalache

Alexandre Kalache é médico e pesquisador de saúde pública. Nos meados dos anos 70 foi para a Europa e lá permaneceu por 33 anos, sendo que nos últimos 13 anos dessa estada dirigiu o Programa Global de Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial da Saúde. Kalache fundou o Departamento de Epidemiologia do Envelhecimento da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, no Reino Unido. Atualmente tem se empenhado na criação de um Centro Internacional de Políticas para o Envelhecimento no Rio de Janeiro, onde pretende continuar suas pesquisas e sugerir melhorias para a qualidade de vida dos idosos.

Guita Grin Debert

Guita Grin Debert possui doutorado em ciência política pela FFLCH-USP e estudos de pós-doutorado no Departamento de Antropologia da Universidade da Califórnia em Berkeley, EUA. Integra a Coordenação de Ciências Humanas e Sociais da Fapesp e coordenada o Núcleo de Estudos de Gênero Pagu da Unicamp. A ênfase de seu trabalho é em antropologia urbana, atuando principalmente com os temas velhice, família, curso da vida, gênero e violência. É autora de vários livros e artigos sobre esses temas.

O ciclo é uma realização do IEA, do Grupo Mais-Hospital Premier e da Oboré Projetos Especiais de Comunicação e Artes.

Local

Auditório Oswaldo Fadiga Fontes do Centro de Computação Eletrônica da USP, Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa 3, 71, Cidade Universitária, São Paulo

Informações
Com Sandra Sedini tel. (11) 3091-1678.

Lei federal pode beneficiar atingidos pelas chuvas

Assistência Técnica Gratuita privilegia famílias com renda mensal de até três salários mínimos

Da Redação Bem Paraná
Uma lei federal pode ajudar na reconstrução de moradias destruídas pelas chuvas de março no Litoral do Estado. A Lei da Assistência Técnica Gratuita foi aprovada em dezembro de 2008, e assegura às famílias de baixa renda assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social, como parte integrante do direito social à moradia previsto no artigo 6o da Constituição Federal. 
De acordo com o presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil Departamento Paraná (IAB-PR), Jeferson Navolar, a Lei da Assistência Técnica, como é conhecida, poderá beneficiar os moradores das cidades do litoral atingidas pela enchente do começo do mês. Jeferson ressalta, entretanto, que a Lei só beneficia as famílias com renda mensal de até 3 (três) salários mínimos.
O presidente do IAB-PR salienta que, além de assegurar o direito à moradia, a Assistência Técnica objetiva, entre outras questões, evitar a ocupação de áreas de risco e de interesse ambiental. "Agindo desta forma minimizaremos significativamente o risco de novos desastres como os ocorridos recentes em Morretes e Antonina", completa o arquiteto. 

Navolar esclarece, ainda, que a Assistência Técnica deve priorizar as iniciativas implantadas sob regime de mutirão e localizadas em zonas
habitacionais declaradas por lei como de interesse social. Ele observa, todavia, que é necessária gestão junto ao Ministério das Cidades para a solicitação dos recursos para cobrir os gastos com a Assistência Técnica Gratuita.

Famílias mantêm ocupação de área pertencente a Asilo

Integrantes do Movimento Sem-Teto, denominado Comunidade das Palmeiras, continua acampado em área da rua Hipólito Rodrigues da Cunha, pertencente ao Asilo Santo Antônio. Ação que teve início em janeiro desse ano aguarda desfecho para 82 famílias que tomaram posse da extensão, na expectativa de conseguir estabelecer moradia no local. Juliana Aparecida Paiva, uma das líderes da comunidade, garantiu que todos os ocupantes permanecerão alojados no lote até determinação da justiça.


Assessor da prefeitura, Marco Cury, esteve na localidade na manhã de ontem, ouvindo as reivindicações do grupo que, em última instância, pretende ser remanejado para outra região. Cury prometeu encaminhar as solicitações à prefeitura, que deve analisar a possibilidade de incluir as famílias no Programa Habitacional Minha Casa, Minha Vida.

O advogado do grupo de posseiros, Albano Polveiro, disse que não teve acesso à escritura que comprove o direito de posse da área pelo Asilo Santo Antônio. Albano questionou ainda, que no sistema eletrônico do Tribunal de Justiça de Minas Gerais não há nenhuma informação que comprove o processo de reintegração de posse.

Em contrapartida, contrariando a versão do advogado do movimento, o respaldo jurídico do Asilo, representado pela advogada Sandra Teixeira, confirmou a existência do processo de reintegração de posse desde janeiro e reforçou que teve pedido deferido no último dia 9 de fevereiro. Liminar expedida pela justiça pode ser cumprida a qualquer momento e caso o movimento insista em permanecer no local, estará sujeito a multa diária de R$ 5 mil.

Ocupação Irmã Dorothy vence sua primeira batalha

Ocupação Irmã Dorothy vence sua primeira batalha

Resistência Urbana


Sábado, 27 de março de 2010.

Ocupação Irmã Dorothy: persistência e ousadia


A Ocupação realizada dia 26/03/2010, na região do Barreiro em Belo Horizonte, como parte integrante da Jornada de Lutas organizada pela Frente Nacional de Resistência Urbana, foi batizada com o nome da missionária brutalmente assassinada em 12 de fevereiro de 2005, no Estado do Pará: Irmã Dorothy.
Depois de mais de 8 horas de negociação com o comando do Batalhão de Polícia de Eventos (BPE - Choque), a recém nascidaOcupação Irmã Dorothy conseguiu resistir à pressão do braço armado do Estado e vencer sua primeira batalha.
O Choque usou spray de pimenta contra as famílias, limitou o direito de ir e vir de militantes, proibiu a entrada de alimentação na Ocupação e prendeu um companheiro, que foi conduzido até a delegacia, sendo liberado horas depois. As arbitrariedades da PM de Minas Gerais só foram suspensas quando o Conselho Estadual de Direitos Humanos (CONEDH) se fez presente na área e manifestou oposição à realização do despejo sem mandado judicial.
Ocupação Irmã Dorothy foi a primeira ação em Minas Geraisdentro da Campanha Minha Casa Minha Luta organizada pelaFrente Nacional de Resistência Urbana que reúne movimentos e organizações populares de 14 estados brasileiros. Essa campanha pretende denunciar as mentiras do Programa Minha Casa, Minha Vida que ainda não saiu do papel para as famílias mais pobres que recebem de 0 a 3 salários mínimos.
Vale registrar a atuação da Prefeitura de Belo Horizonte que esteve no local representada pelo chefe de gabinete da Regional Barreiro, Wanderley Porto, com a postura de pressionar a PM pela imediata retirada das famílias sem-casa. O terreno ocupado não cumpre há décadas sua função social e era usado como bota fora clandestino não fiscalizado pela Prefeitura. Preocupa-nos bastante saber que a atual administração se posiciona a favor de quem desrespeita as leis de postura e ambiental do município em prejuízo das famílias sem-casa que cansaram de esperar nas filas do OPH (Orçamento Participativo de Habitação) e do Programa Minha Casa Minha Vida.
É por essas e outras que Belo Horizonte ostenta o título de umas das cidades mais desiguais do mundo segundo a ONU.

Obs.: A Ocupação Irmã Dorothy está localizada à rua Córrego do Capão, 20 – Barreiro/Vila Santa Rita, Belo Horizonte, MG

Desabrigados do Bumba invadem a Câmara de Niterói em protesto



Manifestantes ocuparam a sala que dá acesso à presidência da Casa.
Famílias reclamam de atraso no pagamento de aluguel social; houve tumulto.

Do Globo Notícia

Os desabrigados do Morro do Bumba, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, chegaram a invadir a Câmara de Niterói, durante uma manifestação nesta quarta-feira (23) contra o atraso no pagamento do Aluguel Social. Os manifestantes são desabrigados da tragédia das chuvas de abril do ano passado, que deixaram 47 mortos no município.

Desde cedo, centenas de pessoas aguardavam em frente ao local onde a prefeitura faria o pagamento do benefício. Mas no meio da manhã foram avisados de que o pagamento - que já está atrasado para algumas famílias há três meses - não seria feito nesta quarta.

Eles chegaram a fechar completamente a rua que fica em frente ao local onde estava agendado o pagamento do benefício. Houve confusão e policiais militares precisaram usar gás de pimenta para afastar os protestantes. Algumas pessoas passaram mal e tiveram que ser carregadas.

As famílias então seguiram para a Câmara de Niterói, entraram no prédio, tomaram os corredores e ocuparam a sala que dá acesso à presidência da Casa.

A Prefeitura de Niterói, responsável pelo pagamento do Aluguel Social, informou que houve um problema na lista de beneficiários e que o auxílio será pago nesta quinta-feira (24).

Audiêcia publica ALMG - BH/MG

COMISSÃO de Direitos Humanso da ALMG DISCUTE IMINÊNCIA DE DESPEJO DAS COMUNIDADES DANDARA, CAMILO TORRES E IRMÃ DOROTHY.

           Possíveis violações de direitos dos moradores das ocupações Dandara, Camilo Torres e Irmã Dorothy, localizadas em Belo Horizonte, vão ser investigadas pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Para tanto, a comissão faz audiência pública na segunda-feira (28/03/2011), às 9 horas, no Auditório da ALMG, a
requerimento do deputado Durval Ângelo (PT).
Juntas, as três ocupações totalizam 1,2 mil famílias, sendo duas localizadas na região do Barreiro, e a Dandara no bairro Céu Azul, região da Pampulha. O temor dos moradores é que, com a reintegração de posse determinada pela Justiça, haja ma operação de desocupação a qualquer momento, com uso de força policial e de desdobramentos imprevisíveis. Um massacre poderá ocorrer a qualquer momento.
Na Dandara, as famílias conseguiram suspensão da liminar de reintegração, mas os andados já foram expedidos para as duas outras ocupações.
As áreas onde estão as ocupações Camilo Torres e Irmã Dorothy pertenceram ao Estado e  oram vendidas à iniciativa privada pela Codemig de maneira irregular. O Ministério Público propôs ação civil pública, visando a nulidade dessas transações.
Visita - Depois da audiência pública, a Comissão de Direitos Humanos
visita as ocupações Camilo Torres e Irmã Dorothy, no Barreiro, na quarta-feira (30/3/11). A visita acontece às 9h15.
Após a Audiência Pública os participantes sairão em passeata até o Centro da cidade, para, mais uma vez, exigir do governador Anastásia e do prefeito Lacerda uma abertura para o diálogo, vez que o Governo Federal se coloca à disposição para uma saída pacífica para o problema.
 Às 16:30h, uma Comissão de Alto Nível será recebida pela governador Antonio Anastasia. Faz parte da Comissão de Alto Nível: o bispo Dom Joaquim Mol, o dep. Durval Ângelo, o Dr. Luiz Cláudio (pres. da OAB/MG) e o Dr. Alceu (Procurador Geral do Ministério Público). A Dra. Andréia, Defensora Geral da Defensoria Pública de Minas Gerais e o vereador Adriano Ventura também pretendem participar da audiência com o Governador de MG. A Comissão, acima mencionada, levará ao Governador de MG, sr. Anastasia, as reivindicações das três ocupações: Dandara, Camilo Torres e Irmã Dorothy. Buscarão abertura de diálogo e negociação. Somente isso poderá evitar o massacre anunciado. As 1.200 famílias das três comunidades estão unidas, organizadas e dispostas a resistir ao despejo anunciado. Clamamos pela abertura de diálogo.

Maiores informações:
Lacerda Santos - Camilo Torres e Irmã Dorothy – cel.: 031 9708 4830
Frei Gilvander Moreira – cel.: 031 9296 23040

Massacre anunciado contra as mulheres das comunidades Camilo Torres, Dandara e Irmã Dorothy

Massacre anunciado contra as mulheres das comunidades Camilo Torres, Dandara e Irmã Dorothy

Já se fazem três anos que nós mulheres das comunidades Camilo, Dandara e Dorothy estamos em busca de dialogo e solucões dignas para nós e nossos filhos, 70% das comunidades são chefiadas pos nós mulheres trabalhadoras, que cansadas de sofrer com a falta de moradia resolvemos ir a luta em busca de um direito constitucional que é a moradia. Ocupamos terrenos vazios a decadas, que não cumpriam nenhuma função social. Infelismente o municipio, estado e judiciario tem agido de forma intrasigentes se negando dialogar, tratando mais como caso de policia do que um problema social que atingem sentenas de brasileiras. Mas como dizem: é mais facil jogar a sujeira para debaixo do tapete.
Nossas vidas contidianas tem ficado cada vez mais pesada por causa do despejo, afinal já temos até mais que tripla jornada de trabalho. Vamos enumerar para entender:
  1. Trabalho ( sendo chefe de familia temos que levar o alimento, roupa,remedio e outros, a vantagem é que morando na ocupação tempos um gasto a menos com o aluguel, garantindo melhores condições de vida para nossos filhos.)
  2. Trabalho doméstico( como somos mulheres pobres e não temos nenhuma condição de pagar ninguem para fezer os trabalhos domésticos é necessario que nós façamos o serviço)
  3. Educação dos filhos( podemos dizer que é o mais importante e constante, afinal muitas de nós não tem com quem dividir. É triste falar mas infelismente muitas das vezes abrimos mão da educação de nossos filhos, devido os serviços escravos que temos que nos submeter para garantir o pão de cada dia. Imagine quando voltarmos para o aluguel? Isso se tivermos condições minimas.)
  4. Lutas internas da comunidade( como somos tratados como invasoras o municipio dificulta e entrada de prestadoras de serviço que garantem o saneamento basico como agua, luz, esgoto e limpeza, assim nós mesmas temos que fazer)
  5. Lutas externas da comunidade( para garantirmos nossos lares nos empenhamos em ir nas passeatas, caminhadas, audiencias publicas, acampamentos na rua, nos postos de saude e outros. Este é fundamental, afinal se não tivermos casa e voltarmos para o aluguel vamos ter que tirar da boca de nossos filhos).
Estamos sofrendo o ataque direto daqueles que querem nos tirar dos terrenos a qualquer preço. Sabemos que nossas forças não se compara com o braço armado do estado(PMMG), tememos pois não temos para onde ir e fica dificil aceitar que derrubem nossos lares e nos coloquem na rua ,não nos negamos sair dos terrenos mas desde que hajá um solução digna,mantemos a posição que não sairemos e sabemos que foi autorizado força policial pelo juiz. E issso so comprova de que lado a justiça esta,principalmente quando se vai a fundo na lagalidade dos terrenos.
Nesses ultimos meses nossas indas ao medico esta cada vez mais frequente. Vitimas da depressão, estres e ansiedades os calmantes fazem parte de nossas vidas. Não buscamos de nenhuma maneira a violencia mas sim o dialogo e justiça social.

"A sorte é de quem possui coragem para enfrentar qualquer tipo de injustiça social”
Elaine, comunidade Camilo torres