Cerca de 500 pessoas ocuparam ruas movimentadas do Centro de Porto Alegre
Foto: Daniel Favero/Terra
Aproximadamente 500 integrantes do Movimento Popular Urbano realizaram uma manifestação nas principais ruas do centro de Porto Alegre, prejudicando o trânsito, no final da manhã desta segunda-feira, para reivindicar a desburocratização dos procedimentos da Caixa Econômica Federal para habitação, o uso de prédios públicos desocupados como moradia social, criticar a política de desapropriações para obras da Copa 2014 e cobrar a promessa de criação de 100 mil moradias populares, feita pelo governo do Estado, compromisso considerado irreal pelos manifestantes.
A mobilização faz parte da Marcha da Reforma Urbana, realizada em todo o País. Na terça-feira, será realizada uma nova manifestação em Brasília. Segundo o integrante do Movimento Nacional de Luta pela Moradia Beto Aguiar, os prédios públicos podem ser utilizados como moradia fazendo parte ainda dos projetos de revitalização do Centro da cidade.
"São prédios que podem ser usados para habitação de interesse social nos centros de Porto Alegre e não políticas habitacionais que jogam o povo para 27 km, 30 km do Centro ", critica.
Durante a tarde, integrantes do movimento se reúnem com o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), para cobrar a aprovação de projetos voltados para as famílias que ocupam áreas que serão afetadas pelas obras da Copa 2014. "Não temos visto como essas famílias serão tratadas", diz, temendo desapropriações arbitrárias e remoções para locais muito afastados.
Eles reivindicam ainda ajuda técnica da Caixa Econômica Federal para a apresentação de projetos de moradia social. Já com o governo do Estado, os manifestantes querem um canal de diálogo porque acreditam que o compromisso de criar 100 mil moradias populares não tem condições de ser cumprido. "Queremos dialogar sobre essas dificuldades, queremos ver como podem ser usadas terras públicas para o programa Minha Casa, Minha Vida (do governo federal), além de criticas que temos quanto à linha estrutural que do governo quanto ao programa de desenvolvimento urbano que exclui a sociedade civil".
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