Assine o Apoio a Ocupação do MTST em Itaguaí
Organização, garra e trabalho duro marcam os primeiros momentos da nova ocupação do MTST, no Bairro das Amendoeiras no município de Itaguaí no Km 101 da Rodovia Rio Santos na madrugada do dia 11 de setembro. Não podemos aceitar que ameaças de despejo destruam o sonho – e o direito – das famílias que ocuparam um terreno abandonado há anos. Sonho de viver e criar seus filhos em uma moradia digna. O direito à vida e a moradia antecedem o direito à propriedade.MANIFESTO DE APOIO À OCUPAÇÃO DO MTST EM ITAGUAÍ
A situação da moradia no Estado do Rio de e no Município de Itaguaí não é hoje distinta da situação de tantas outras grandes cidades. O regime de exclusão, miséria e descaso do Estado empurra milhões de famílias a viver de forma indigna: na rua, em situação precária de moradia, em favelas, áreas de risco, morando de favor na casa de amigos ou parentes, além das pessoas que não conseguem mais pagar o aluguel porque estão desempregadas ou porque o mesmo arrebata suas condições mínimas de vida. Se pagam aluguel, não comem; se comem, não pagam aluguel.Cansados de se calar diante desta condição, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do Rio de Janeiro ocupou com cento e cinqüenta famílias, na madrugada de domingo 11 de setembro, um terreno abandonado no Km 101 da Rodovia Rio Santos, no Bairro das Amendoeiras no município de Itaguaí.A ocupação do MTST em Itaguaí ecoa como um grito pela dignidade e reclamo de um direito fundamental, que é o acesso a uma habitação digna e contribui para denunciar a falta de uma Reforma Urbana que garanta o direito a uma moradia digna. Nessa luta os sem-teto, como os sem-terra, apresentam a reforma agrária e a reforma urbana como faces de uma mesma moeda, momentos distintos de um embate comum, resolvido na tomada de terra improdutiva e de prédios e terrenos sem uso.Onde há uma necessidade, há um direito esquecido.Juridicamente falando, existem direitos humanos que devem ser respeitados. Estes direitos são materializados na Constituição brasileira nesta ordem de importância: vida, liberdade, igualdade, segurança, propriedade. Se os direitos estão nessa ordem, não é por acaso; significa dizer que o direito à vida antecede o direito à propriedade. Já que o direito à moradia figura nos direitos humanos, ele também antecede o direito à propriedade privada do grande latifúndio rural ou urbano.Acreditamos que a humanidade pode e deve lapidar no seu cotidiano a armadura de sua soberania, a palavra viva da luta de um povo em vez da palavra morta da propriedade privada. Por isso, os signatários se colocam em solidariedade com as lutadoras e lutadores do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto da Ocupação do MTST em Itaguaí, e exigem:- Que o direito à vida seja respeitado antes da propriedade, o que supõe a suspensão imediata de qualquer ameaça de despejo.- Que todo o poder público – nas esferas federal, estadual e municipal – aceite tratar de uma solução para o cumprimento dos direitos de habitação de todos os ocupantes, seja através da utilização do terreno para construção de moradias, seja através da inclusão dos mesmos num programa habitacional.- Que dada a gravidade e a urgência do problema da moradia no Brasil, conseqüência da negligência das autoridades competentes, que as mesmas se comprometam desde já a pôr em marcha uma reforma urbana que garanta o direito à cidade e o direito a uma moradia digna para todos os cidadãos.MANIFESTO DE APOIO À OCUPAÇÃO DO MTST EM ITAGUAÍ
Enviar assinaturas e adesões: mtstriodejaneiro@gmail.com ou entregar na FAFERJ na Pça da republica 24 1º andar
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