sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Nova Vila Dique: novas casas, queixas antigas


Mais 70 famílias estão sendo transferidas para o novo loteamento. Mas o posto de saúde, a creche e a escola ainda não funcionam

Com um sorriso, a doméstica Ester dos Santos, 30 anos, revela a esperança de uma mudança de vida ao chegar na sua moradia na Nova Vila Dique. Ela, o marido e os três filhos são uma das 70 famílias que estão em processo de transferência para o novo loteamento esta semana.

- Vamos começar o ano com casa nova, agora é só progredir - comemora.

Moradores estão preocupados

Mas, para algumas das 548 famílias já transferidas desde outubro de 2009, a alegria dividiu espaço com as preocupações. Na casa de Marli de Fátima Alves de Oliveira, 40 anos, as paredes têm dois tipos de marcas: do conserto feito em algumas rachaduras na semana passada e de fendas que ainda persistem. Outro problema está na porta da frente, que tranca devido ao desnível do piso.

- Tem que forçar para conseguir abrir e fechar - afirma.

Assim como na moradia de Marli, é possível perceber marcas semelhantes em paredes de diversas outras casas.

Conserto tem sido feito

Contudo, o diretor-geral do Demhab, Humberto Goulart, esclarece que não existem mais rachaduras nas moradias. Segundo ele, o que aparece em algumas residências são fissuras, que podem ocorrer em qualquer tipo de construção.

- Quando é rachadura, tem sido feito o conserto - garante.

Reclamações com o Demhab

O diretor ressalta também que não há queixas recentes registradas na Conterra (construtora que fica no local e atende o loteamento) sobre rachaduras e problemas nas portas. Ele afirma que demandas desse tipo devem ser encaminhadas à construtora ou ao próprio Demhab (telefones: 156 ou 3289-7200).

E as crianças, ficam aonde?

Outra preocupação é com a creche e a escola prometidas para acolher as crianças da comunidade. Segundo o presidente da associação de moradores, Davi Lima, a última previsão que ele recebeu sobre a creche é março do ano que vem. Já a escola é um sonho mais distante: só para 2013. Por enquanto, os pequenos precisam se distribuir pelos colégios dos bairros vizinhos.

- A prioridade é colégio, creche e saúde - destaca.

A assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Educação informou à reportagem do Diário Gaúcho que há duas licitações distintas para a construção dos prédios, mas que ambas estão ao encargo do Demhab.

À ESPERA DO POSTO DE SAÚDE

Integrante da diretoria da associação de moradores, Eni Rodrigues Silveira, 66 anos, alerta para a situação do posto de saúde, que ainda não foi inaugurado. O prédio está concluído, mas os atendimentos são oferecidos na sede de associação de moradores, em alguns turnos.

- Eu recebi um comunicado para agendar consulta lá no posto (da antiga vila). Quem precisa com urgência, tem que sair daqui pra chegar lá às 5h da manhã - relata.

Prédio só fica pronto em 2012

O Grupo Hospitalar Conceição (GHC) é o responsável por administrar a unidade de saúde, construída pela prefeitura. Segundo a gerente do serviço de saúde comunitária do GHC, Claunara Schilling Mendonça, a mesma equipe que trabalha na antiga vila está prestando atendimento no novo loteamento, por isso a divisão de horários.

A gerente explica que, após a entrega das chaves do posto, no final de novembro, estão sendo feitos serviços como a instalação de grades e fiação telefônica. A expectativa é de inauguração até o final do primeiro trimestre de 2012.

- Serão oferecidas consultas médicas, odontológicas, todo o trabalho que já é feito de medicina de família e de comunidade - explica Claunara.

Saiba mais

- As transferências para o novo loteamento começaram em outubro de 2009.

- Até agora, 548 famílias foram transferidas.

- Esta semana, outras 70 estão se mudando.

- Após esse período, ainda faltarão 858 famílias.

- A previsão de conclusão de toda a mudança é dezembro de 2012.



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